Doação de órgãos: uma conversa que salva vidas

Setembro Verde é um movimento nacional para sensibilizar a população sobre a doação de órgãos e tecidos. No Brasil, o tema ainda é cercado por dúvidas e preconceitos, e é essencial trazer luz a uma questão tão urgente: a decisão de doar órgãos só pode ser realizada com o consentimento da família. Por isso, conversar abertamente sobre o desejo de doar é tão importante.

Os números que refletem a realidade

Atualmente, mais de 50 mil pessoas aguardam na fila por um transplante de órgão no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Dentre os órgãos mais esperados estão o rim, fígado, coração e pulmão. Embora o número de transplantes tenha aumentado ao longo dos anos, ainda estamos longe de atender à demanda.

Em 2022, foram realizados 8.416 transplantes de órgãos sólidos no Brasil, mas muitos pacientes não resistem à espera. O rim é o órgão mais transplantado, representando 73% dos procedimentos, mas é também o mais demandado. Além disso, aproximadamente 40% das famílias brasileiras ainda recusam a doação, segundo o Ministério da Saúde, muitas vezes por desconhecerem o desejo do ente querido.

A importância da conversa sobre doação de órgãos

Um dos maiores desafios no Brasil é que, mesmo se a pessoa tiver o desejo de doar órgãos, o ato não pode ser formalizado por meio de um documento legal. A legislação brasileira exige que, após a morte, a família seja consultada para autorizar a doação. Por isso, falar abertamente com seus familiares sobre o desejo de doar órgãos é fundamental para que essa vontade seja respeitada.

O luto é um processo doloroso e, em um momento tão delicado, a família precisa decidir se autoriza a doação. Quando essa conversa já aconteceu em vida, as chances de a família concordar com o procedimento aumentam significativamente, pois ela está ciente do desejo do ente querido.

Doar órgãos é salvar vidas

Uma única pessoa pode salvar até 8 vidas ao doar órgãos como coração, rins, fígado e pulmões, além de beneficiar dezenas de outras ao doar tecidos como córneas, pele e ossos. Em um mundo onde a fila por um transplante é longa, a doação é um verdadeiro ato de amor e solidariedade.

Para se tornar um doador de órgãos no Brasil, basta informar claramente seus familiares sobre o desejo de ser doador. Se desejar, pode ajudar a salvar ainda mais vidas, espalhando informações sobre a importância da doação.

O que você pode fazer?

  • Converse com sua família: deixe claro seu desejo de ser doador. Essa conversa pode garantir que sua decisão seja respeitada.
  • Espalhe informação: participe das campanhas de conscientização como o Setembro Verde, compartilhe informações e incentive mais pessoas a debaterem o tema.
  • Seja solidário: a doação de órgãos é um ato que reflete empatia e amor ao próximo.

Doe esperança. Doe vida. Doe órgãos.

Fontes: