Pedido de INSS negado? Saiba o que fazer

Receber uma negativa de benefício do INSS pode ser frustrante e gerar muitas dúvidas sobre o que fazer a seguir. Quando isso acontece, o trabalhador tem alguns caminhos para buscar a revisão dessa decisão. A Dra. Sumaya e o Dr. Roberto, advogados trabalhistas do Stiqfepar, explicam o que pode ser feito após a negativa de um pedido de benefício do INSS.

1. Primeiros passos após o indeferimento do pedido

Quando um pedido de benefício é negado pelo INSS, o trabalhador tem três opções principais para tentar reverter a decisão:

Recorrer administrativamente à Junta de Recursos do INSS. Esse recurso é uma tentativa de revisar a decisão dentro da própria estrutura do INSS, antes de recorrer à Justiça.

Propor uma ação judicial diretamente após a negativa, sem recorrer à Junta de Recursos. Essa opção é comum para quem não acredita que o INSS mudará a decisão administrativamente.

Fazer uma nova solicitação de benefício. Em alguns casos, uma nova solicitação, com novos documentos ou informações, pode ser uma alternativa viável.

2. Recursos administrativos: Junta de Recursos

Se o recurso administrativo dentro do INSS for negado, o trabalhador pode recorrer à Junta de Recursos, que realiza uma nova análise do caso. Esse é um órgão que funciona como uma segunda instância dentro do próprio INSS. Caso a decisão da Junta de Recursos não seja favorável, o processo pode ser levado à Justiça, através de uma ação judicial.

3. A análise pelo INSS e pela Junta de Recursos

Após o recurso administrativo ser enviado, o INSS realiza uma análise preliminar. Se a decisão for favorável, o benefício pode ser concedido imediatamente. Caso contrário, o processo segue para análise da Câmara de Julgamento do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), que é o órgão responsável pela segunda instância do processo administrativo.

4. Prazo e procedimentos para recorrer à Junta de Recursos

O recurso à Junta de Recursos deve ser feito de forma eletrônica, dentro de um prazo de 30 dias a partir da notificação do indeferimento do benefício, por meio do Meu INSS, o sistema digital do governo. Durante esse processo, o trabalhador deve seguir os mesmos passos do recurso administrativo inicial, com a possibilidade de apresentar novos documentos e argumentos.

5. A análise pela Câmara de Julgamento

Na Câmara de Julgamento, o processo é analisado por um conselheiro relator, que pode solicitar mais informações ou já realizar o julgamento do caso. Se o caso for discutido em uma sessão, os conselheiros votarão sobre a decisão. O resultado da votação é formalizado em um acórdão, que será o novo fundamento para a decisão final.

Se o INSS concordar com a decisão da Câmara, ele implementa imediatamente o benefício ou a manutenção do mesmo. Caso contrário, o requerimento pode seguir para outras instâncias, dependendo da situação e dos recursos disponíveis.

6. A incidência de negativas de pedidos no Brasil e no Paraná

De acordo com dados da Defensoria Pública da União (DPU), a negativa de benefícios do INSS é uma realidade comum no Brasil. Estudos indicam que, anualmente, milhares de brasileiros têm seus pedidos de benefícios negados, principalmente no caso de aposentadorias e auxílios-doença. Em 2021, cerca de 38% dos pedidos de auxílio-doença foram indeferidos, segundo a DPU.

No Paraná, a realidade não é diferente. A alta incidência de negativas de benefícios é uma preocupação constante para advogados e cidadãos que dependem dos serviços previdenciários. Muitos trabalhadores enfrentam dificuldades ao tentar acessar os benefícios para os quais têm direito, como o auxílio-acidente e o salário-maternidade.

7. Como garantir que seu direito seja respeitado

É fundamental que o trabalhador esteja atento aos prazos e requisitos para recorrer de uma negativa. O Meu INSS, plataforma digital do governo, facilita o processo de solicitação e recurso de benefícios, tornando o acesso à justiça mais ágil. Além disso, é importante contar com o suporte de um advogado especializado em direito previdenciário, que possa orientar sobre as melhores opções e estratégias para cada caso.

Se você é sócio ou sócia e precisa de orientação jurídica, entre em contato com a gente. A equipe de advogados do Stiqfepar está disponível para esclarecer dúvidas e buscar a melhor solução para o seu caso.

2 comentários em “Pedido de INSS negado? Saiba o que fazer

  • Osvaldo José Ferreira Junior comentou em

    Boa tarde e sobre a lei 142 qual idade qual deficiência insalubridade entra

    • Rafaela Moura comentou em

      Olá, Osvaldo! A Dra. Sumaya, advogada do Stiqfepar, nos informou o seguinte:
      “para deficientes, é preciso comprovar que apresentam impedimentos de longo prazo (mínimo de 2 anos) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”
      Lembramos que sócios do Stiqfepar têm direito à assessoria jurídica com nossos advogados.

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