A vacinação é uma das maiores conquistas da saúde pública, protegendo milhões de vidas ao longo da história. No Brasil, o cenário vacinal vem passando por uma recuperação notável, especialmente após enfrentar quedas consecutivas nas coberturas desde 2016. Em 2023, o país saiu da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas do mundo, um dado divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
De acordo com o relatório, o Brasil, que em 2021 ocupava a 7ª posição nesse ranking preocupante, agora não faz mais parte da lista, graças ao sucesso do Movimento Nacional pela Vacinação, lançado pelo governo em 2023. A iniciativa foi criada com o objetivo de recuperar a confiança da população na ciência, no Sistema Único de Saúde (SUS) e nas vacinas, além de aumentar as coberturas vacinais em todo o país.
Vacinação em queda no mundo traz riscos
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas evitam até 3 milhões de mortes por ano. No entanto, em 2022, 67 milhões de crianças ao redor do mundo ficaram sem algumas das vacinas mais importantes. Isso coloca essas crianças e suas comunidades em risco de doenças evitáveis, como sarampo, difteria e poliomielite.
No Brasil, a situação também foi preocupante. O país, que já foi referência em campanhas de vacinação, viu a cobertura vacinal cair 16% entre 2016 e 2022, o que aumentou a chance de retorno de doenças que haviam sido controladas ou erradicadas, como o sarampo e a poliomielite. Em 2019, por exemplo, o Brasil enfrentou um surto de sarampo, doença que estava controlada desde 2016.
Essa queda na adesão às vacinas pode ser atribuída a diversos fatores, como a disseminação de fake news sobre vacinas, a diminuição da percepção de risco das doenças e, em alguns casos, dificuldades no acesso a serviços de saúde. A pandemia de COVID-19 também impactou negativamente as campanhas de vacinação de outras doenças.
Vacinas são seguras e garantem saúde coletiva
É essencial que a população se conscientize sobre a importância de manter o calendário vacinal em dia. Quando as pessoas deixam de se vacinar, aumentam as chances de surtos de doenças que podem ser fatais. A vacinação não é apenas uma proteção individual, mas um ato de responsabilidade coletiva que protege os mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Para garantir a segurança de todos, o Ministério da Saúde do Brasil realiza campanhas anuais de vacinação, com doses disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A participação ativa da população nessas campanhas é necessária para impedir o ressurgimento de doenças evitáveis e garantir a saúde coletiva.
Vacinas são seguras. Imunize-se e vacine seus filhos e filhas.